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Nos últimos anos, o Brasil vem assistindo a uma transformação silenciosa no mercado de crédito. O que antes era domínio absoluto de cinco grandes bancos hoje está sendo desafiado por uma estrutura mais ágil, personalizada e eficiente: os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

Como destacou a coluna Investidor do ESTADÃO , assinada por Fabrizio Gueratto, os FIDCs estão “engolindo os grandes bancos”. De produto obscuro e técnico, se tornaram protagonistas de uma revolução estrutural no sistema financeiro. A expectativa é que o patrimônio sob gestão do setor alcance R$ 1 trilhão até o final de 2025 e ultrapasse R$ 2,8 trilhões até 2030, superando até as tradicionais debêntures. Essa ascensão não é obra do acaso. Enquanto os bancos mantêm processos lentos, burocráticos e pouco flexíveis, os FIDCs seguem o caminho oposto: oferecem crédito rápido, sob medida, flexibilidade e personalização, conectando-se com empresas de forma direta e eficiente.

Onde entra o comércio exterior nessa revolução?

Se existe um segmento que simboliza bem os gargalos do sistema bancário tradicional, é o do comércio exterior. Durante décadas, importadores dependeram do Finimp, uma linha de financiamento em moeda estrangeira, com custos de proteção cambial, prazos rígidos e pouca flexibilidade operacional.

O Finimp foi importante e cumpriu seu papel. Mas o mundo mudou, e as necessidades do comércio exterior brasileiro também. O que antes funcionava hoje está ultrapassado diante da velocidade, da volatilidade e da necessidade de personalização que as empresas exigem.

Cargo Equity

É nesse cenário que surge o conceito de Finimp 2.0 ou o que aqui chamamos de Cargo Equity.

A Nac nasceu dentro do comércio exterior e conhece profundamente os desafios de fluxo de caixa e as dores dos importadores. Mais do que isso, conseguiu conectar dois mundos que historicamente não coexistiam: o mercado de crédito e o comércio internacional. Ao unir a estrutura de um FIDC com tecnologia e inteligência de crédito, a NAC criou uma nova categoria de produto financeiro: o Cargo Equity, uma opção do Finimp desenhada por quem realmente conhece de perto a rotina e os desafios de quem importa.

  • A própria carga se autofinancia. Em vez de depender de duplicatas, recebíveis ou imóveis, a garantia nasce da própria operação, sem necessidade de alterar o consignatário no BL.
  • Operações em reais. Sem exposição cambial e custos de hedge: os contratos
    são firmados em moeda local.
  • Contrato em nota comercial. Sem burocracia bancária, sem registro no
    SCR/Bacen e com liquidez no mesmo dia (D0).
  • Capital livre. A linha pode financiar importações ou servir como capital de giro,
    sem uso específico.
  • Isenção de IOF. Em um momento em que a cobrança e a possível reformulação
    do IOF voltaram ao centro do debate econômico

O resultado é um produto de crédito mais simples, mais rápido e muito mais aderente as necessidades do importador.

O futuro do crédito no comércio exterior não será bancário

O Finimp tradicional continua existindo, mas já não conversa com a realidade atual. A nova geração de soluções será liderada por estruturas como os FIDCs como a Nac , capazes de entregar personalização, flexibilidade, agilidade e eficiência em um cenário cada vez mais globalizado e competitivo.

O comércio exterior precisa de crédito que fale a sua língua, e o que estamos fazendo é exatamente isso: uma linha pensada desde a origem para quem importa.

Os bancos dominaram o passado. O presente e principalmente o futuro pertencem aos FIDCs. E no comércio exterior, esse futuro atende pelo nome de Cargo Equity.

Por Thiago Quaresma, Head de Crédito.